Personalidades Simãodienses – Nino Karvan

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Simão Dias é uma cidade de grandes personalidades no cenário sergipano. A cidade tem sido chamada de um “celeiro de políticos”. No entanto, há outras personalidades que nos representam, tanto a nível estadual, como a nível local. Precisamos conhecê-las! Vou destacar alguns nomes por aqui: com vocês: Nino Karvan!

Vou ficar devendo a fonte da matéria abaixo, mas o arquivo foi salvo em meu computador em formato do Word. Trata-se de matéria jornalista da imprensa sergipana. Vou correr atrás da fonte e fazer os devidos créditos.

TEXTO: O pai iniciou sua vida profissional como agricultor e encerrou na condição de barbeiro.  Ser um homem de palavra assumindo todos os compromissos é o grande exemplo que aplica em vida de seu pai. “É um homem de caráter e só deixou bons princípios para os filhos. Meu pai era muito conhecido e querido na cidade de Simão Dias. Era conhecido como ‘João Bina Barbeiro’. Trabalhava para a prefeitura fazendo barba de pessoas humildes e de enfermos”.

Sua mãe teve três filhos: Lucivaldo, Lucilene e Lucimeire. Pessoa simples, filha de agricultores, até se casar trabalhava na casa de farinha na propriedade rural de seus pais. Na vida ao lado do marido João Batista, para ajudar o sustento da família, aprendeu a arte de bordar com toda facilidade e logo passa ser conhecida por toda a cidade, a ponto de ser uma das mais requisitadas na profissão que abraçou. Muitos foram os enxovais de noiva que passaram por suas mãos e muitos deles saíram de Sergipe.

Depois de centenas de produções e com a visão sem condições para o trabalho de bordar, passou a fazer bolos e tão bons que eram passou a fornecer seu novo produto para as lanchonetes da cidade de Simão Dias. “Ela não parava um instante e até hoje é uma mulher muito ativa. Mesmo contando hoje com 82 anos de idade, anda quatro quilômetros todos os dias”. Dela o filho diz que tem o seu lado de ternura e de carinho. Só coisas boas. “Graças a Deus, meus pais, apesar de serem pessoas humildes, que não tiveram acesso a educação, sempre foram pessoas de muito bom coração. Ambos estão vivos”.

A infância e a juventude de Lucivaldo aconteceram na sua terra natal. A professoras Denise, uma grande amiga da família até hoje, alfabetizou o menino Lucivaldo. Outras lições recebeu da professora Valdice. Em seguida, estuda até a terceira série Grupo Escolar Fausto Cardoso.  No Colégio Cenecista  Carvalho Neto, mais outra etapa da sua vida de estudante – sendo aluno da professora Enedina Chagas Silva na disciplina francês. “Ela é avó de Belivaldo Chagas e era minha madrinha”. Também em Simão Dias faz o segundo grau e sai com o diploma de técnico em contabilidade.

Sua infância aconteceu em felicidade: muitas brincadeiras, muitos momentos desfrutados na natureza em diversos sítios, subindo e descendo árvores, correndo, saboreando frutas diversas, muito a contar. “Tinha uma turma de 20 meninos e de bicicleta íamos brincar em algumas cidades próximas a Simão Dias. Em final de tarde, todo mundo ia tomar banho de cachoeira e de rio no Mercador, que era a propriedade de Dr. Celso de Carvalho. Eu fazia meus brinquedos de madeira, meus violões, os meus carros e não só brincava como vendia . Não tinha essa história de comprar e de ganhar brinquedo. Eu mesmo fazia os meus. Me lembro do carrinho de rabo de peixe que era muito cobiçado. João Barbosa, meu amigo de infância e vizinho de casa, me acompanhou muito e brincou com meus carrinhos”.

Conta que nunca faltou na sua vida e de suas irmãs saúde, alimentação e educação. Aos 14 anos de idade começa a trabalhar no Banco do Brasil como office-boy, onde permanece até os 18 anos. “Foi aí que ganhei um violão dos meus colegas do banco. Momento que comecei a me interessar pela música. Na escola, minha madrinha Enedina, depois de me ver cantando na porta da minha casa uma música do cantor Jessé,  ficou fascinada pela minha afinada voz e me chamou para cantar  nos  eventos da escola e da igreja matriz de Simão Dias”.

Convidado pelo cunhado, funcionário do Banco do Brasil em Simão Dias, passa a integrar a turma de seresta do namorado de sua irmã. “Tinha Gilson que tocava violão e era um seresteiro de carterinha. Na primeira seresta que participei comecei a cantar Galopeira. Passei alguns minutos esticando a minha voz na Galopeira e a galera gostou. Daí passei para o lado mundano”.

Não esquece das famosas festas que aconteciam em Simão Dias por conta do dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora Sant’Ana. “Não é por um certo saudosismo, mas as festas de antigamente eram muito mais glamurosas. As pessoas se produziam para os bailes no tradicional Caiçara Clube, na Associação Atlética, no BNB Clube. Todo mundo se conhecia”.

Profissionalmente começa a cantar como crooner da banda de baile Tribos, em Simão Dias. “Tinha de 15 a 16 anos. A gente viajava por diversas cidades do  interior da Bahia e de Sergipe. Dividia o palco com  outro cantor. Se não me engano era o Patricardo. A banda tocava de tudo: do rock dos anos 80 até o axé – que estava começando. Ser crooner de uma banda de baile é uma grande escola”.

Sua participação na Tribos aconteceu quando o proprietário da banda viu José Lucivaldo cantando uma música de Lobão e outra da banda Engenheiros do Havaí,  num concurso de calouro num circo que passou por Simão Dias. Na banda de  baile cantou por dois anos.

Aos 18 anos de idade, faz vestibular em 1989 para o curso de História, da Universidade Federal de Sergipe, e sai aprovado.

Depois de passar por seis períodos, abandona o curso e numa outra etapa faz concurso público em 1994 com sucesso para ingressar na UFS na condição de funcionário.

Quando da abertura do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe, enfrenta mais um vestibular e sai formado em Comunicação Social  habilitação Rádio e Televisão. “Chegava para o professor Luciano Correia e dizia: Luciano, meu negócio é música e trancava o curso. Entrei em 1995 e conseguir me formar em 2003”.

“Depois fiz uma pós-graduação na Bahia e sou especialista em Musicoterapia, que é  uma forma de terapia que promove mudanças numa pessoa, tanto de ordem física quanto de ordem emocional, mental e cognitiva. Trata também, de problema de depressão. Eu tive um consultório na Clínica Homeopática de Sergipe durante um ano, mas me envolvi com um monte de projetos. Estava trabalhando na Aperipê, na universidade, produzindo o disco da cantora Raquel Del Mondes e terminando a minha pós-graduação.  Como não dava para fazer tanta coisa, fechei o consultório”.

No momento trabalha na Rádio UFS, apresenta na Aperipê TV o programa Cena do  Som, onde entrevista pessoas do cenário musical sergipano – programa que vai ao ar às quintas, às 19h, e reprise aos sábados, às 18h30.

Gravou dois CDs autorais e participou de 13 a 15 coletâneas de festivais. O primeiro CD é o Mangaba Madura, lançado em 2001. Em 2005 gravou e lançou em 2006 o  Aquarela para Pandeiro. “Quando fui para a China vendi pra caramba o CD Aquarela para Pandeiro na Universidade de Pequim”.

Por duas vezes conquistou o 1º lugar no Festival Sesc Canção. Conquistou em 1987 o Novo Canto; ficou em 3º lugar em 1988; conquistou o Festival Universitário de Música Ecológica. “Ganhei vários festivais aqui em Sergipe, o Festival Viola de Todos os Cantos em São Paulo e o festival em Maringá. Muitos festivais e não posso deixar de citar o festival nacional de música promovido pelo Sesc do Paraná, após vencer em 2001 o SESC Canção”.

Por um bom tempo tocou em barzinhos. “Fiz temporadas no antigo Bossa Nova, no  Teimode, Gosto Gostoso. Toquei muito na noite. Nas cidades do interior sergipano, na cidade de Paripiranga, na Bahia, eu saía de moto com José Aroldo do sax e tomava conta da noite, segurando o violão de um lado e Aroldo com o sax do outro. Cantava muito”.

Por um ano substituiu a cantora Clemilda no seu famoso programa Forró no Asfalto, na Aperipê TV, e várias apresentações a convite de Clemilda no Forró no Asfalto. “Tive a honra e o prazer de entrevistá-la para o meu programa Cena do Som no cenário do programa Forró no Asfalto, entrevista que será exibida no programa especial do dia 23 de junho, no ápice dos festejos juninos”.

É casado com Sílvia Machado e tem uma filha de 16 anos do primeiro casamento, Luna Safira. “É uma menina linda, fantástica, quer fazer carreira artística e vai estudar teatro fora”.

Do nome Nino Karvan: “Sempre fui conhecido como Nininho. Quando mudei para Nino Karvan, Marcelo Déda vinha numa procissão e ao me avistar falou: ‘Meu irmão, você mudou de nome? Eu prefiro Nininho’ (risos).

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